segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Não Foi por Acaso - O Massacre de Ipatinga

Em 7 de outubro de 1963, um enorme grupo de operários da Usiminas protestava em frente a um portão de entrada da fábrica em Ipatinga, interior do Estado. Em confronto com policiais militares, diversos manifestantes foram mortos - os números oficiais falam em oito vítimas. O jornalista Marcelo Freitas dedicou 21 anos na busca de detalhes para recontar os bastidores do Massacre de Ipatinga, capítulo mal explicado da história de Minas Gerais. Intrigado pela obscuridade e total falta de detalhes e informações a respeito do ocorrido, ele transformou isso no trabalho de uma vida. O resultado de várias etapas de investigações ganha forma, com o lançamento do Livro "Não Foi por Acaso - A História dos Trabalhadores que Construíram a Usiminas e Morreram no Massacre de Ipatinga".O lançamento do Livro de Marcelo Freitas aconteceu na última Segunda 28 de Setembro na Faculdade Estácio de Sá, campus Prado (rua Erê, 207)em Belo Horizonte.
O foco maior do livro, segundo Marcelo, é em torno da dúvida sobre quantos morreram, neste conflito entre metalúrgicos da Usiminas e soldados da Polícia Militar pois se divulgou que foram oito, mas sempre se comentou a falsidade desse número, diz o autor. Estas são algumas das dúvidas que o Professor de Jornalismo da Faculdade Estácio de Sá, Mestrado em Ciências Sociais pela PUC Minas, Marcelo Freitas tira e traz ao público que conhece e que ainda desconhece esta trágica história.

Com "faro jornalístico", como define, Marcelo mergulhou no máximo de possibilidades de pesquisa - testemunhas, parentes de trabalhadores, documentos oficiais da polícia, arquivos de jornais e cartórios. Ele também falou sobre as dificuldades enfrentadas para a realização do livro e quais são os novos fatos descobertos por ele que estarão também no livro.
Marcelo prova que o massacre não foi apenas um incidente que acabou em desgraça. Espécie de crônica da tragédia anunciada, o livro não deixa dúvidas: o confronto entre trabalhadores e agentes repressores - seja Polícia Militar, seja o serviço de vigilantes da Usiminas - não surgiu do acaso.
Marcelo Freitas rompeu o silêncio reproduzido como deliberada forma de exercício de poder pelos detentores da memória oficial. Com a perseverança dos determinados, o autor mergulhou na raiz da dor social, que fez do Massacre de Ipatinga um marco de desrespeito à vida humana e de produção do esquecimento.

sábado, 3 de outubro de 2009

Avenida Antônio Carlos passa por obras de alargamento

O projeto de requalificação da avenida Presidente Antônio Carlos prevê uma adequação viária para implantação de pistas exclusivas para coletivos, com duas faixas de rolamento em cada sentido. O planejamento nessa região está possibilitando a revitalização econômica e social da área. A duplicação da Antônio Carlos vai possibilitar uma melhoria na qualidade de vida dos habitantes diretamente beneficiados pela obra. O tempo de deslocamento do trabalhador para o centro e de retorno à residência vai diminuir, pois aumentará a fluidez no tráfego, reduzindo os custos operacionais do sistema de transporte. Pedestres e população vizinha terão mais segurança. O acesso do trabalhador será mais rápido. Com a requalificação de áreas urbanas, a poluição irá diminuir. Com a construção de passarelas, trincheiras, viadutos, a Av. será uma via mais segura para pedestres e motoristas. A mudança urbanística promoverá a melhoria das condições ambientais e paisagísticas.Com base em dados de transporte e trânsito foram identificados problemas de retardamento nos fluxos de tráfego, saturação do tráfego nas aproximações dos principais cruzamentos com semáforos, pontos de ônibus com grande concentração de linhas e circulação dos ônibus concentrada em apenas uma faixa de tráfego. Os investimentos na região tendem a crescer com a valorização de imóveis comerciais e residenciais sob a área de influência da Avenida e a possibilidade da mudança de zoneamento da área. O desenvolvimento permite a atração e instalação de empreendimentos, gera empregos diretos e indiretos durante e depois da construção da obra. As obras estão gerando empregos diretos e indiretos e permitirão a integração da avenida às suas áreas próximas.
A OBRA EM NÚMEROS
·Valor do Investimento: R$250 milhões
· Viadutos a serem edificados: 7
· Número de empregos diretos e indiretos: 4.700
· Largura atual das pistas: 25 metros
· Largura prevista: 52 metros
· Número de faixas de tráfego em cada sentido para veículos em geral: 4
· Número de faixas em cada sentido na pista de ônibus: 2

Veja um trecho da entrevista com o diretor geral do DER - MG Dr. José Elcio Santos Monteze

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